Pimenta na batata

Colocando um calor brasileiro na história alemã

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Sou estudante de Comunicação Social / Jornalismo na Ufes e estou no 8º período, desenvolvendo meu TCC. Para entender o porquê do blog, leia o primeiro post “para início de conversa” (Archives - Março 2006). ............. GENTE, COMO ISSO ESTÁ VELHO! Bem, não atualizo mais esse blog (vou pensar se volto a escrever), mas atualizando a galera, já me formei, tirei 10 no TCC, fiz pós depois (tirei 10 de novo, mas não falei sobre blog) e, enfim, atuo em Assessoria de Comunicação. Volto qq hora pra dar um alô! (Maio, 2010) -------- Atualizando de novo rsrs. Saí da área de assessoria e fui pra reportagens de TV. Estou na TV ALES, da assembleia legislativa do ES. No YouTube alescomunicacao (julho 2016)

domingo, abril 02, 2006

Nu com a mão no bolso, parte II

Nu com a mão no bolso, parte II

Quando eu cheguei em Berlim, logo soube que o povo andava peladão nos parques durante o verão. Mas não era nem inverno ainda e eu ia ter que esperar mais do que duas estações para ver e crer.

Enquanto isso, informei-me sobre o assunto. No livro do João Ubaldo Ribeiro, Um Brasileiro em Berlim, ele conta que o filho dele, junto com os amiguinhos, ia aos parques para ver, escondido, as mulheres peladas. Era o programa erótico das crianças!

E eu ficava me perguntando como que o pessoal ficava pelado assim, no meio do nada? Ou melhor, não era no meio do nada, como acontece aqui no Brasil nas praias nudistas, e sim no meio do povo.

Perguntei à Sabine (minha “mãe” lá) e ela falou que era assim mesmo. E não só nos parques, como nas saunas (ela achou um absurdo quando eu disse que vamos de biquíni à sauna) e nos banheiros mistos das academias ou clubes (sim, vocês acreditam?). Mas disse também que a maioria dessas mulheres peladas poderia ser sua avó e que dá vontade até de vomi..., ops, deixa eu mudar isso: não dá vontade de olhar.

Outro dia eu estava assistindo a Sex and the City quando, num episódio sobre sauna, apareceram várias mulheres nuas. Eu falei com o Volker (meu “pai” lá): “olha, que monte de mulher pelada!”. E ele disse: “ah, estou acostumado a ver um monte de mulher pelada, quando acaba o Vôlei, na hora de tomar banho”. Hã? Fiquei passada. E eu só queria dizer que era porque estavam aparecendo naquele horário, às 20h, na TV.

Uma amiga minha brasileira teve uma experiência meio embaraçosa. Ela estava, com o marido e os dois cachorros, em um dos parques, e deitou-se para pegar um solzinho. De repente, ela percebeu que alguém estava abaixado ao seu lado, brincando com um dos cachorros. Quando ela levantou o rosto, deparou-se com um negócio “balangando” em frente ao seu nariz! Imaginem a situação??? Ela, assustada com a visão, e o homem, nem se importando em estar balançando suas coisas na frente dela.

Eu não consegui me adaptar àquela cultura. Um verão foi muito pouco para me convencer a desamarrar o biquíni. Fui a parques, com nus e sem nus, e confesso que eu olhava mesmo! Ah, ‘tá pelado na minha frente, não vou agir como eles, que fingem não estar vendo nada! E duvido que se eu tirasse eles não iriam olhar. Olhavam de biquíni, não iriam olhar nua? Se bem que poderiam estar me olhando porque de biquíni no meio dos pelados, a diferente era eu...

3 Comments:

Blogger Fabio Malini said...

mas por que ficam nus, antropologicaente, falando?

Por que não é tabu, lá?

6:43 PM  
Blogger Luciana Wernersbach said...

Não, não é tabu mesmo!
Eles são super naturalistas e acreditam que o homem é homem e a mulher é mulher e não há nada demais em nos vermos como somos.
Quando falei com um amigo alemão que iria à sauna de biquini, ele perguntou por quê, e veio com esse papo...
Na TV é super comum também...

10:40 AM  
Blogger Luciana Wernersbach said...

Como coloquei no post anterior, isso se chama FKK (Frei Kultur Körper), ou seja, cultura do corpo livre.
por isso escrevi q não consegui me adaptar àquela "cultura" e não àquela tradição.

2:34 PM  

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